terça-feira, 3 de julho de 2012

SONETO DA CAMA SEM DONA



Quando regressamos para o nada
fizemos em nossa morada inverno
de folhas ressecadas, de memórias
desbotadas de um pretérito tão presente.

Hoje quando regressa vossa voz aos meus ouvidos
meu canto não se faz triste, meu conto se faz vida,
pois quando retornar aos braços meus seu corpo,
se fará feliz o que foi triste, se fará vida o que não foi.

Nossa cama hoje é morada de inverno e sobre ela
não mais se ouve o seu gemido de prazer,
somente o pranto de um arrependido penar
proferidos por uma boca perdida.

Doce dona de corpo alvo e cabelos longos,
dama doce de lábios ainda mais, volte para sua cama
faça dela a morada de nossa vida, faço amor de novo
em nossa cama e assim faça-se novamente dona.

Eduardo Andrade do Nascimento

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