Por muito tempo
minha pátria foi desenhada
Como uma terra
descampada,
Aprisionada por
grilhões estrangeiros,
Uma casa de
poucos construída por muitos
E assim
fomos reproduzindo essa imagem
Onde nossa
pátria era uma mãe acorrentada,
Com bocas e
olhos tapados com tapas,
Com punhos
acorrentados para que assim
Não pudéssemos
ergue nossos braços.
Foi assim
que os monopólios quiseram
Que fosse
para nós nossa pátria,
E insistentemente
essa ideia de imagem
Foi transmitida
em tubos televisivos
Altamente corrosivos.
Diante de
imagens sem ideias
Foi erguido
um mito de um povo pacífico
Uma farsa de
um povo que se cala, que não fala,
Porém diante
desse falso mito corroído
Erguesse dos
escombros do esquecimento
Uma antiga
nova imagem,
Que em nada
se assemelha com aquela,
A de uma mãe
acorrentada, calada a tapas,
Mas sim a
imagem de uma combatente ativa
De punhos
cerrados, de punhos erguidos.
Sim, a
imagem de uma mãe que luta,
Erguesse uma
pátria mãe ativa.
Talvez não
devesse cantar a pátria
Que não é de
todos
E tão pouco
é mãe gentil,
Talvez deva
cantar seu povo,
Que mesmo
diante do estorvo,
Faz-se tão
majestoso,
Que fronte a
desgraça arquitetada
Levanta-se
sem temor
Inundado em
sua raça.
Cantarei a nação
Que faz da
praça e do campo
A primavera
do povo.
Eduardo Andrade
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