sexta-feira, 3 de maio de 2013

Navegar




Vou botar meu barco no mar
Coloca-lo vou para navegar
Para só ir além-mar.
Vou-me por ao mar
Observar um horizonte remoto,
Romper um oceano atrás
De uma nova fronteira,
Uma nova jornada
Onde a vida seja
Um pélago aberto,
Um encovado recinto de águas
Onde possa colocar
Todo aquele passado
Submerso em um oceano
De esquecimento profundo.

Por quantas águas bravias
Passei com minha nau,
Muitas tempestades
Enfrentei ao por–me
Em um oceano de turbulências,
Em um mar revolto
De sentimentos inconstantes.
Assim fui solitário
Navegando naveguei
Naveguei navegando
Durante anos por mares de tormentas,
Por baías de águas sombrias,
De perigos constantes,
Mas nunca parei nem por um instante.

Entre ondas e tempestades
Sobrevivi aos invernos dos mares do sul,
Agora em meu batel vejo ao longo
Do horizonte um céu de primaveras,
A calmaria de um azul celeste marinho.
Ansioso espero a primavera,
Aflito aguardo chegar a novas terras,
Descobrir novas fronteiras
De um novo mundo,
Sair desse passado
Abrir as porta ao futuro,
Fazer uma nova morada
Para bem além
Desse horizonte estranho.

Eduardo Andrade

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