Que fatídico é ver-nos
Em estado de embaraço
Diante um passado que já foi laço,
Quão desgostoso é saber
Que o fim chegou e não
Pude perceber que dentro de nós
O que morria era o amor.
Agora que me deparo com o fim
Percebo o quão duro é colocar-te
Em um pavilhão de passados,
Entretanto sou obrigado
A enterrar tudo o que foi nós,
Como é difícil perceber
Quão doce é a ilusão,
Como é improvável
Que um dia esse nó
Volte a ser laço.
Diante do esperado
Momento derradeiro,
Verti lágrimas ao declarar
Minha fé cega nesse amor morto.
Durante anos nutri
Um sentimento moribundo,
Que vinha junto de tormentas,
De lembranças
zombeteiras
Que invadiam minha cabeça,
Roubando-me o sono,
A paz do repouso,
Tirando-me
O sorriso do rosto.
Sem mais me despeço
Sem mais nenhum verso.
Eduardo Andrade
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