Só, sozinho e solitário
Eu sigo nessa hora
Em que tudo é
Um espaço vazio,
Um momento sem tempo
Aonde vou sem ninguém.
Sim, nessa alameda
Cheias de curvas
Solitário vou sem
Saber ao certo
Onde ir,
Vou sozinho porque
Esse provavelmente
É o meu destino,
Vou só, vou comigo
Para qualquer lugar.
Aprendi a caminhar
Um caminho onde
Sou um caminhante
Que anda solitário
Sob luas, chuvas,
Tormentas e trombetas
Que insistentemente
Tentam colocar-me medo,
Que constantemente gritam
Em meu ouvido
Os perigos dessa alameda
Onde sozinho escrevo
Minha vida em páginas
Antes vazias, sozinhas,
Mas que hoje são repletas
De letras e palavras
Que lhe fazem companhia.
Hoje sei que sigo solitário
Para que minhas páginas
Não sejam somente
Linhas solitárias,
Folhas vazias.
Eduardo Andrade

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