quinta-feira, 13 de junho de 2013

28 linhas de outrora

Queria um mar de estrelas
Onde pudesse sacudir a poeira
Que acumulei n esteira.
Quero um céu de águas galácticas
Para plainar em uma maré rasa
Onde possa jogar toda mortalha
Em que se transformou nossa história.

Chegou a hora de colocar outrora
Na caixa de pandora,
Pois não quero agora perder a hora
Olhando o passado em que jogamos fora
Nossos olhos mareados de tormenta.
Por isso para viver o agora
Vou pela vida a fora sem saber da hora.

Nessa hora em que coloquei meus olhos
Em um barco que navega contrário ao passado.
Busco com a visão um futuro de primavera
Longe de toda poeira em que acumulamos na esteira.
Vou sem direção à um mar de águas galácticas
Esperando uma maré rasa
Onde possa deixar nossas páginas.

Tudo bem, agora que estamos além,
Que somos apenas um sonho aquém.
Muito bem meu bem, vamos encontrar alguém
Onde possamos esquecer tudo que foi outrora
Nessa hora em que perdemos nossa hora,
Em um momento que éramos o reflexo de pandora,
Quando nossa rima já estava desprovida de poesia.


Eduardo Andrade

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