segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ausência

“Faz-se nulo,
Faz-se bruma
Perante a boca
Que não arquiteta
Palavras concretas.”

A ausência de palavras
Faz desse agora
Uma plenitude
De significados nulos,
Uma constância
Permeada de lacunas.
Sumiu a palavra
No momento
Em que se fez bruma
Diante a boca da amargura
Que já não consegue
Formar palavras
Revestidas de formosura
E tão pouco conjugar
A necessidade de confabular
A imprevisibilidade do amar.


Eduardo Andrade

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