domingo, 25 de agosto de 2013

No coração dos teus ouvidos

Achei que fosse cedo
Para que escrevesse essas linhas,
Mas de alguma forma abriu minha porta
E entrou sem nem mesmo me avisar à hora
Deixando em minha forma
Uma parte de sua hora,
Que agora procuro pela rua afora
Querendo saber como faço
Para abrir sua porta,
Para ser tua hora.
Agora que te escrevo essa poesia
Ganha um espaço em minha vida,
Logra ser a flor no meu jardim, há tanto sem vida,
Abre-se de forma divina
Mostrando-me que a beleza
É um sorriso surgido
Em uma conversa sem sentido,
Um olhar olhado
Com a fome dos olhos,
Um beijo dado
Com bocas fazendo laços.
Escrevo o desejo,
O sentimento que arrebata o peito,
A harmonia que sintoniza a rima.
Talvez assim minhas palavras
Tenham sentido no coração dos teus ouvidos.


Eduardo Andrade

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