quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Escreveria no céu

Poderia o céu ser papel,
Um caderno de babel,
Um pedaço de folha jogado ao leu?
Ai se pudesse com minhas mãos
Escrever nessas páginas celestes,
Fazer nelas poemas que se percam
Entre o brilho das estrelas.
Seria assim a lua eternamente musa,
Seria assim o sol para sempre um canto só.
Para sempre seria escritor nessas linhas infinitas
Poesias e sonetos, a liberdade do canto,
Versos diversos em contos poéticos (Sinfônicos).
A harmonia entre palavras jogadas com as nuvens
Que dispersas passam.
A liberdade da palavra que não para,
Da palavra que passa, sempre passa
(sopradas) Empurradas pelo vento
Fazendo a todo instante um novo soneto,
Um poema repleto de momentos
Que insistentemente se perdem com  rajadas de palavras.
Poesias de vento, poemas de ar
Tudo o que escrevo esqueço,
Pois rabisco em páginas de céu,
O que grafo se perde com a brisa
Vai com o sopro que desfaz.
No infinito inscrevi meu grito,
Escondi meu sorriso,
Eternizei meu sentido,
Assim perdi o escrito que hoje vaga pelo infinito.
As palavras se foram com o vento
E o sentido martela aqui dentro.
Escrevo no céu o que a mão
Não registra nas folhas de papel,
Faço minha poesia no firmamento,
Eternizo minhas palavras com o vento.


Eduardo Andrade

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