domingo, 22 de setembro de 2013

Medida desmedida

A medida do nosso amor
Foi a mesma medida de nosso desamor.
O verso fez-se inverso,
Fez-se amargo o que foi caramelo,
Talvez tenha sido essa a medida de nosso amor desmedido,
Amar sem saber amar,
Agora que somos apenas uma grandeza vazia
Vejo paredes despovoadas,
Nosso leito desabitado,
Desbotam-se aquelas memórias de outrora,
Evapora-se o desejo com o passar das horas,
Dias, semanas, meses e anos.
O que restou não sobrou
Vou assim,
Alimento-me daquele amor
Que agora é vento,
Espaço vazio,
Esqueço os momentos
Na poeira da esteira,
Perco seu cheiro
Em cabelos que não conheço.
Perco-me, perco-te
Na medida do amor
Que já não é amor.


Eduardo Andrade

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