Vou embora,
Desço dessa
solidão
Te jogo ao
vento
Para sempre
nunca mais.
Um dia quem sabe
Eu volte
para essa comarca
Sem a dor de
nossos anos,
Com o amor
dos nossos olhos.
Estou indo
embora
Mas eu volto,
Um dia quem sabe
volte,
Para esse teu
colo,
Para o nosso
dolo.
Ir embora é
preciso,
Necessário faz-se
ir,
Pois assim,
deixo lá
Tudo aquilo
que não cabe aqui.
Preciso de
estrada nos pés
De poeira na
cara
Preciso sozinho
Descobrir tudo
aquilo
Que só se
sabe só
Não me
acompanhe teus olhos,
Nem tão
pouco teus cabelos
Nessa jornada
erma
Vou desacompanhado
Jogo solitária
no baralho,
Quero com
meus olhos
Olhar novos
olhos,
Entrelaçar-me
em outros cabelos
Para que
assim, quem sabe,
Possa de
novo ser novo,
Um novo
homem
Sem sonhos
de sopro,
Um novo
homem
Com olhos
para o novo.
Eduardo Andrade
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