sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Para sempre nunca mais

Vou embora,
Desço dessa solidão
Te jogo ao vento
Para sempre nunca mais.
Um dia quem sabe
Eu volte para essa comarca
Sem a dor de nossos anos,
Com o amor dos nossos olhos.
Estou indo embora
Mas eu volto,
Um dia quem sabe volte,
Para esse teu colo,
Para o nosso dolo.
Ir embora é preciso,
Necessário faz-se ir,
Pois assim, deixo lá
Tudo aquilo que não cabe aqui.
Preciso de estrada nos pés
De poeira na cara
Preciso sozinho
Descobrir tudo aquilo
Que só se sabe só
Não me acompanhe teus olhos,
Nem tão pouco teus cabelos
Nessa jornada erma
Vou desacompanhado
Jogo solitária no baralho,
Quero com meus olhos
Olhar novos olhos,
Entrelaçar-me em outros cabelos
Para que assim, quem sabe,
Possa de novo ser novo,
Um novo homem
Sem sonhos de sopro,
Um novo homem
Com olhos para o novo.


Eduardo Andrade 

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