sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Olhos fechados

Tenho que fechar os olhos
Para poder abrir o coração,
Deixar de lado esse mundo visual
Entender o mundo que não se vê
Tão real como surreal,
Tão normal para um louco,
Tão insano para quem é pouco.
Tenho que apenas ser
Não preciso de muito para ser tanto,
Tão pouco já é suficiente
Não sou nenhum emergente
Vivo a vida de um vivaz
Não me importa qual será o cais
Meu barco navega sem rota certa,
Pois navego porque preciso,
Preciso de mar para ser mais,
Mais isso que sou,
Menos isso que querem.
Eu vou
Para onde tiver de ir
Vou sem lenço,
Eu e o vento
Não carrego comigo documento,
Papelada desbotada,
Não crio mais laços
Para serem embaraços,
Crio vida para ser vivida,
Vivo para sempre ser vida
Sem mais esquinas
Apenas uma praia vazia.

Eduardo Andrade

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