Nada disso
vale a pena,
Nem a pena
vale a pena.
Seu sorriso
Seu gemido
Estão indo,
Mas nada
disso vale a pena,
Por isso que
não sai
E continua
estático,
Apenas olha
para o próprio umbigo
Não se
atenta ao escrito,
As palavras
não valem a pena,
Nada disso é
aquilo,
Sendo assim
permanece parado
Sempre olhando
para o passado.
Estático continua
Perdendo a
lua,
Sem amor
Com medo da
dor.
Nada vale a
pena
Nada disso,
Nada daquilo
É um resumo
pouco,
Pouco, tão
pouco
Que se sente
um pouco tolo
Quando percebe
que estático
Transforma-se
em estátua
Numa pedra
fria,
Num metal
sem vida
Sempre ao
relento,
Chorando as
lágrimas da chuva.
Parado na
inércia da estatua
Nem a vida
vale a pena,
Pois se
acumulam teias
Se junta
poeira
Perde-se a
rima da vida.
Quando nada
vale a pena,
Observa bem,
É porque a
alma é pequena.
Eduardo Andrade
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