domingo, 9 de março de 2014

Nada disso

Nada disso vale a pena,
Nem a pena vale a pena.
Seu sorriso
Seu gemido
Estão indo,
Mas nada disso vale a pena,
Por isso que não sai
E continua estático,
Apenas olha para o próprio umbigo
Não se atenta ao escrito,
As palavras não valem a pena,
Nada disso é aquilo,
Sendo assim permanece parado
Sempre olhando para o passado.
Estático continua
Perdendo a lua,
Sem amor
Com medo da dor.
Nada vale a pena
Nada disso,
Nada daquilo
É um resumo pouco,
Pouco, tão pouco
Que se sente um pouco tolo
Quando percebe que estático
Transforma-se em estátua
Numa pedra fria,
Num metal sem vida
Sempre ao relento,
Chorando as lágrimas da chuva.
Parado na inércia da estatua
Nem a vida vale a pena,
Pois se acumulam teias
Se junta poeira
Perde-se a rima da vida.
Quando nada vale a pena,
Observa bem,
É porque a alma é pequena.


Eduardo Andrade

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