Lá está ela,
Lá está tão longe de tudo
Tão perto só de si.
Lá está ela
Sentada contando seus medos,
Olhando seu pequeno infinito.
Onde está ela?
Cadê tuas lágrimas?
Ela tem os olhos secos de vida.
Em sua pequena infinita ilha ela vive só
Tudo que enxerga é um triste céu azul.
Inacessível, sem Porto.
Lá está ela
Solitária em seus penhascos,
Escondendo na chuva a sua dor.
Tão longe ela está,
Tão longe que mal posso enxergar.
Meu pequeno barco, relutante, se afasta
De tua pequena e infinita ilha.
Escondo na tua chuva minhas lágrimas,
Tão distante estou do seu céu azul.
Porém meu barco navega contra a maré,
Insiste em colidir em teus rochedos.
Assim, onda após onda
Me afogo no teu pequeno infinito mar.
Nasço e renasço
Enquanto nado em direção aos teus braços.
Depois de tanto mar
Subo teus penhascos,
essa tua perigosa muralha.
humildemente escalo teu muro,
Mas meus pequenos dedos choram
Quando se rasgam na tua amurada.
Tão perto e tão longe.
A cada metrô vencido um recuo.
Fico perdido procurando o teu rumo,
O caminho que me leva ao seu mundo.
Eduardo Andrade
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