segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Desunidos

Teus olhos desbotados em minha memória
Ainda fitam meus olhos tristonhos.
Tua boca, agora tão distante dos meus ouvidos
Já não fala as mesmas palavras de antes.
Nossos corpos desunidos
Não sabem mais dançar nossa canção.
Agora nossas vidas carregam consigo
Todas aquelas feridas
Que ainda sangram no peito.
Distante estamos de tudo.
Separados por nossas vidas 
Trocamos o amor pelo ódio.
Difícil foi aceitar a dor
Tão regada de desgosto.
O amor naufragou em maré rasa,
Mas seus vestígios ainda navegam
Tão perdido quanto estamos.
Agora aquela foto me lembra
Daqueles dias em que te amava.
Foi o que sobrou depois da raiva;
Uma história rasgada e remendada.

Eduardo Andrade
 

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