Através do tempo
Sobre tormentas
Na tempestade que cega os olhos
Persiste o que não soube acabar.
Insistente e permanente
Apenas continua o que não tem fim.
Sempre para sempre
Um ponteiro sem ponto
Percorre o tempo,
Ultrapassa todo entendimento.
Num arco constante
Prossegue incesantemente
O barco que só sabe navegar.
Inexoravelmente não se dissipa
O que a vida fez imensurável,
Se reinventa um dia após o outro
Resiste num sorriso perdido no rosto.
De lágrimas regado
Sempre florece o interminável.
Eduardo Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário