quarta-feira, 5 de julho de 2017

Sempre para sempre

Através do tempo
Sobre tormentas
Na tempestade que cega os olhos
Persiste o que não soube acabar.
Insistente e permanente
Apenas continua o que não tem fim.
Sempre para sempre
Um ponteiro sem ponto
Percorre o tempo,
Ultrapassa todo entendimento.
Num arco constante
Prossegue incesantemente
O barco que só sabe navegar.
Inexoravelmente não se dissipa
O que a vida fez imensurável,
Se reinventa um dia após o outro
Resiste num sorriso perdido no rosto.
De lágrimas regado
Sempre florece o interminável.

Eduardo Andrade

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