Para escrever teus olhos
Calei as palavras em minha boca,
Apenas no silêncio
Pude ir além do sentido do termo.
Mudo, tive que decifrar
A palavra que teus olhos me olhavam.
Foi no hiato da sentença,
Onde o verbo não é falado,
Que nasceu a poesia dos teus olhos.
Para transcrever teu olhar
Preciso que me olhe com suas pa lavras
E escreva na minha boca
A poesia que vejo nos teus olhos.
Na palavra que foi calada,
Na sentença que não foi expressa
Edifiquei minha poesia
E nela pus a cor do som dos teus olhos.
Eduardo Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário