A
terra das veias abertas
onde
a riqueza se transforma
em
sangue e opressão,
América
Latina fonte de riqueza
de
uma metrópole sedenta
de
sangue.
Ouro
e prata já não
brilham
mais nestas terras,
brilham
em além mar.
Nossas
terras produzem
o
alimento que é consumido
por
aqueles que a 500 anos
vieram
aqui nos roubar.
Cultivamos
em nossas terras
a
nossa própria miséria,
miséria
esse que gerou
a
riqueza alheia.
Morremos
todos os dias,
sangramos
nossa carne
para
sustentar a opulência
de
uma metrópole falida,
que
ontem falava português
e
hoje fala inglês.
Aqui
não existe nação,
somos
explorados e exploradores,
oprimido
e opressores,
ricos
e pobres.
Nossas
elites são meros
serviçais
do imperialismo
Ianque,
Europeu, Chinês
O
que melhor pagar.
Nossas
crianças
são
empurradas todos
os
dias para morte,
Nossos
governantes são
cegos,
surdos e mudos
não
vêem nossa miséria,
não
escutam nosso lamento
e
preferem não falar
pois
já não têm mais
o
que dizer.
Fomos
educados na disciplina
do
silêncio e do terror
e
assim nos acostumamos
à
estupidez do silêncio.
Tentam
usar nosso sangue
para
afogar e conter
nossa
luta.
Matam
sistematicamente
para
que sirva de exemplo
o
fim dos que lutam.
Porém
não podem conter
o
poder das ideias,
ideias
não morrem
e
não podem ser presas.
Ideias
não sangram
E
muito menos choram
Ideias
libertam.
Eduardo
Andrade do Nascimento.
OBS:Fiz esse
poema logo após ter lido o livro “As veias abertas da América
Latina” portanto para quem leu o livro pode se sentir familiarizado
com alguns termos e frases.
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