sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Comandante Guerrilheiro (Carlos Marighella)




Nem mesmo a agonia da noite,
E tão pouco o pau de arara
Foram capazes de calar
Tua voz, de exterminar
Com sua causa libertadora. 

MARIGHELA,
Temperado a ferro e fogo,
Nos duros caminhos
De teu povo.
Forjado na luta
de teu partido,
na peleja de tua classe.
Assim formou-se o
Coração desse combatente
E comandante,
Que mesmo sob
O duro caminhar
De seu tempo,
Soube fazer sua voz
Quebrar o muro de pedra,
E nem por um instante,
Mesmo quando todos
Diziam ser impossível
Deixaste a bandeira,
A vermelha bandeira,
Caída ao chão.

Mesmo diante
De teus algozes,
Mesmo de fronte das mais
Insanas torturas
Sua AÇÃO LIBERTADORA
Fez tremer os alicerces
Que sustentavam
A desgraça NACIONAL,
Criou em seu povo,
Em tua classe
A imagem
De um comandante
Que nunca desiste.
Alguns poucos
Tentam fazer de ti
uma imagem
Sem figura,
Sem significado
E para isso
Ocultam sua história,
Para que não sirva de exemplo
As novas gerações.
Mas nós assim como tu,
Não deixaremos
Tua bandeira,
teu rubro pavilhão
Operário
E camponês
Caída por terra.

Hoje 100 anos depois
De vosso nascimento,
Nós, seus companheiros,
Levamos adiante
Tua bandeira,
Teu exemplo
E fazemos de tua figura
Não uma estátua sem vida,
Habitada por pombos,
Como querem os seus algozes,
Fazemos de tua imagem
A primavera dos povos,
A AÇÃO LIBERTADORA,
Que leva sua classe
Sempre adiante.
Não lhe foi possível,
Mesmo com armas empunhadas,
Acabar com a agonia
Que mantém seu povo sob penumbra,
não lhe foi capaz trazer para
tua nação a primavera,
Mas nós continuaremos vossa luta
Até o derradeiro dia
em que tremulará
Igualmente para todos,
A vermelha e inquebrantável
Bandeira da Revolução.

Eduardo Andrade do Nascimento.

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