quinta-feira, 13 de setembro de 2012

AQUELA LAPA




Num caminhar noturno em uma noite de festas
fui pela ruas de uma lapa que já não era mais a mesma,
onde não se encontravam mais aquelas pessoas de antes.
E assim caminhando, por um arco igual com pessoas
diferentes, fui parar em teus braços,
foi parar minha boca na tua e assim por horas
experimentei vossos lábios com sabor de amoras celestes.
Ao beijar-te voltei aquela lapa que não existe mais,
sim voltei para lugares que igualmente só existem
em minha cabeça.

Ah! Que saudades daquela boemia,
que saudades daquela lapa infinita
onde as pessoas eram mais elas mesmas,
onde as ruas eram mais cruas e sinceras.
E assim como que do nada vosso beijo
levou-me de volta a sensações que há tempo não
aportavam em meu peito,
levou-me de volta a uma lapa onde tudo era samba,
onde tudo era alegria.
Hoje a lapa resume-se em minha história a teus beijos de gengibre,
resume-se as nossas conversas e sorrisos
tão encantados e cativantes.
A partir de hoje toda vez que pisar nas ruas da Lapa,
relembrarei aquela Lapa,
não a de hoje e nem a de ontem,
mas sim aquela nossa Lapa.

Eduardo Andrade do Nascimento.

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