Num caminhar noturno em
uma noite de festas
fui pela ruas de uma
lapa que já não era mais a mesma,
onde não se
encontravam mais aquelas pessoas de antes.
E assim caminhando, por
um arco igual com pessoas
diferentes, fui parar
em teus braços,
foi parar minha boca na
tua e assim por horas
experimentei vossos
lábios com sabor de amoras celestes.
Ao beijar-te voltei
aquela lapa que não existe mais,
sim voltei para lugares
que igualmente só existem
em minha cabeça.
Ah! Que saudades
daquela boemia,
que saudades daquela
lapa infinita
onde as pessoas eram
mais elas mesmas,
onde as ruas eram mais
cruas e sinceras.
E assim como que do
nada vosso beijo
levou-me de volta a
sensações que há tempo não
aportavam em meu peito,
levou-me de volta a uma
lapa onde tudo era samba,
onde tudo era alegria.
Hoje a lapa resume-se
em minha história a teus beijos de gengibre,
resume-se as nossas
conversas e sorrisos
tão encantados e
cativantes.
A partir de hoje toda
vez que pisar nas ruas da Lapa,
relembrarei aquela
Lapa,
não a de hoje e nem a
de ontem,
mas sim aquela nossa
Lapa.
Eduardo Andrade do
Nascimento.
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