domingo, 10 de setembro de 2017

A sangue e fogo

Enquanto de olhos abertos sonhava
Minha poesia se desesperava
Se entortava em suas palavras,
Despencava dos meus olhos
Letras em forma de lágrimas
Que na pele deixaram marcas
De uma poesia esquisita
Crua e sem rima,
Nua e sozinha.
De olhos abertos
Transbordando facas
A palavra cortou a carne,
Dilacerou o peito
Num canto que cantou o vento.
No desespero dos meus olhos
Minha boca proferiu versos
Forjados a sangue e fogo.

Eduardo Andrade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário