sexta-feira, 24 de agosto de 2012

UM DIA




Um dia não quis mais teus braços,
não quis mais seus beijos de magnólia,
um dia te quis afastada de minha vida,
pois assim poderia ser sem que fosse,
poderia ser apenas eu.
E assim fui anchando que seria
em minha alameda soberano de
meu caminho, que meus passos longe de ti
seriam mais seguros e que em minha fronte
se desenharia lindas paisagens de um vazio
repleto de amor, mas o que se configurou foi
solidão repleta de arrependimento que
inversamente se faz constante.

Em meus sonhos surreais achei
que seria fácil arrancar-te de meu peito,
achei que poderia superar nosso amor
com pitadas de amarga solidão.
E assim em meus devaneios perdi-me
de você e lentamente perdi-me de mim mesmo.
E perdido hoje sigo solitário, andando
com cartas de baralho, jogando copas fora,
jogando damas fora, jogando-te fora.

Eduardo Andrade do Nascimento.

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