domingo, 5 de agosto de 2012

TEU CORPO




Quis rimar teus doces seios
com sua vulva úmida, quis
você de bruços pois assim
se fazia mais prazeroso
nosso alvoroço. Também
lhe quis por cima, de lado,
de quatro, te quis sem embaraços
não só dentro do quarto, como na
rua e em todos os lados.
Sim tive seu corpo na escada,
onde lhe fiz bem amada, na sacada,
na piscina, nas verdes e densas matas,
na cozinha e em todas as partes suas
partes quentes e suadas de desejo
crepitante igualmente fizeram-se
bem amadas.

Volto novamente aos teus doces seios,
pois quero descrevê-los em forma de
desejo. Sim diminutos são teus pomos
que em minha boca fizeram-se tão
grandes e donos. Delícia eram seus mamilos
que com meus dedos fiz desejável brinquedo.
Quantas vezes em devaneio fiz em tuas mamas
travesseiros de minha cama depois de nossas
noites sexualmente insanas. Durante a transa
fico exitado com o ritmo e o gingado do bailar
de seus seios desvendados, as vezes fico
em frenético alvoroço, quando por cima de mim
seus seios fazem-se celestialmente majestosos
como luas brancas. Assim tento de forma humilde
descrever um parte de seu celeste corpo, tento
em verso transformar teus seios em devaneios.

Quero narrar não somente teus seios,
quero em meus versos cantar por
inteiro vosso corpo absoluto e matreiro.
Que desejo de sua vulva úmida que se
assemelha a uma abrasadora gruta,
que vontade de por-lhe de bruços
e penetrar em vossa arca de ângulo obtuso.
Em nossa catre te pus de quatro e assim
fizemos loucos de um caso que
por acaso entrelaçou dois corpos
suados de um úmido casal que em
devaneios fizeram-se bem amados.
E assim em nossos múltiplos casos
sua buceta e meu caralho fizeram-se
inexoráveis palavras, onde por um acaso,
o passado foi repleto e farto.

Resumirei vosso corpo em palavras
macias e sonoras, sintetizarei suas
partes intimas em minha fonética
incompreendida, farei em teu corpo
frenéticas fábulas de compreensível
desejo, onde seus beijos fazem parte
de meus anseios, onde meus devaneios
resumem-se em saudades de seu colo
sereno. Conjugarei de forma confusa seu
corpo agudo, suas curvas rasas, seus mamilos
profundos, cantarei teu corpo em forma
de conto, pois fizemos em nossos corpos
narrativa de opostos, lenda de desejo
onde simplesmente nos amamos
não importando o recanto e nem seus
ângulos, importando somete teu corpo.

Eduardo Andrade do Nascimento.

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