Que empresa sangrenta;
edificou-se em nossa
comarca,
Que garras são essas?
Que insistem em rasgar
a nossa carne?
Ah, triste pretérito
se desenhou nestas vastas terras,
Onde a lenda do paraíso
terrestre transfigurou-se em uma tenebrosa imagem de uma carnificina
humana.
O sangue derramado nas
terras do “novo mundo” mancharam perpetuamente todo ouro e prata,
e nessa saga de
espoliação,
nossas riquezas chegam
às terras imperialistas,
manchadas de sangre
negro e indígena,
encharcados de suor
operário e camponês.
Nossos trabalhadores,
desde nossa
“descoberta” pela metrópole lusitana,
foram compungidos em
troncos,
paus de arara,
e sangraram no solo de
nossa pátria seu sangue teimoso.
Mas que destino trágico
foi aqui desenhado,
Para que, além do
trópico de câncer,
A miséria fosse apenas
um conto de uma subamérica distante.
Mas nessa América
remota,
algumas vezes servil,
Seu povo indômito
compôs,
através da história,
Cantos insurretos,
Onde a primavera não
foi apenas uma fábula de subjugação,
Mas sim, um turbilhão
de contos rebeldes,
Uma indomável
narrativa,
onde as flores
primaveris,
Sobre uma ótica
inconfidente,
transformam-se em
carabinas libertárias.
Enganam-se os senhores
financeiros,
Se enganam os senhores
da terra e da guerra,
Ao supor que podem
debelar nosso canto através de nossa rubro seiva latina,
NAO!
Não podem!
Aqui a estirpe Latina,
autenticamente
americana,
Não rebaixa vosso
indelével canto aos caprichos financeiros de nobres países
estrangeiros.
América Latina,
Terra de um povo
aguerrido,
e de um canto
invencível.
Eduardo Andrade do Nascimento
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