segunda-feira, 3 de setembro de 2012

REBELDE, AMÉRICA REBELDE



Que empresa sangrenta;
edificou-se em nossa comarca,
Que garras são essas?
Que insistem em rasgar a nossa carne?
Ah, triste pretérito se desenhou nestas vastas terras,
Onde a lenda do paraíso terrestre transfigurou-se em uma tenebrosa imagem de uma carnificina humana.

O sangue derramado nas terras do “novo mundo” mancharam perpetuamente todo ouro e prata,
e nessa saga de espoliação,
nossas riquezas chegam às terras imperialistas,
manchadas de sangre negro e indígena,
encharcados de suor operário e camponês.

Nossos trabalhadores,
desde nossa “descoberta” pela metrópole lusitana,
foram compungidos em troncos,
paus de arara,
e sangraram no solo de nossa pátria seu sangue teimoso.
Mas que destino trágico foi aqui desenhado,
Para que, além do trópico de câncer,
A miséria fosse apenas um conto de uma subamérica distante.

Mas nessa América remota,
algumas vezes servil,
Seu povo indômito compôs,
através da história,
Cantos insurretos,
Onde a primavera não foi apenas uma fábula de subjugação,
Mas sim, um turbilhão de contos rebeldes,
Uma indomável narrativa,
onde as flores primaveris,
Sobre uma ótica inconfidente,
transformam-se em carabinas libertárias.

Enganam-se os senhores financeiros,
Se enganam os senhores da terra e da guerra,
Ao supor que podem debelar nosso canto através de nossa rubro seiva latina,
NAO!
Não podem!
Aqui a estirpe Latina,
autenticamente americana,
Não rebaixa vosso indelével canto aos caprichos financeiros de nobres países estrangeiros.

América Latina,
Terra de um povo aguerrido,
e de um canto invencível.

Eduardo Andrade do Nascimento

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